Hoje celebra-se os 70 anos da rendição alemã na segunda guerra mundial.
No dia 7 de Maio de 1945 o documento preliminar da rendição foi assinado na cidade de Rheims. No dia 8 de maio de 1945 os representantes da Alemanha, na presença do Alto ComandoNo dia 7 de Maio de 1945 o documento preliminar da rendição foi assinado na cidade de Rheims. No dia 8 de maio de 1945 os representantes da Alemanha, na presença do Alto Comando das Forças Aliadas e do Alto Comando das Forças Armadas Soviéticas, assinaram em Berlim a ata final de rendição, que entrou em vigor a partir da meia-noite do mesmo dia.
A intenção dos libertadores era tornar o dia 9 de Maio de 1945 o Dia da Vitória na Europa, porém a notícia, de alguma forma, vazou, e em poucas horas, por vários pontos do Continente, jornais, folhetins e rádios anunciavam a capitulação total das forças do Eixo na Europa. A notícia caiu como uma chuva depois de longo período de seca.
Para os brasileiros que lutavam na Itália o Dia da Vitória chegou mais cedo.
Com Mussolini capturado e morto pelos partigiani em 28 de Abril de 1945 e, enfim, o suicídio de Adolf Hitler no dia 31 de Abril de 1945, o Eixo Roma-Berlim desaparecia. No dia 2 de Maio de 1945 às 14 horas, as forças alemãs que resistiam na Itália se renderam ao IV Corpo de Exército, do qual fazia parte a FEB, resultado de negociações secretas, onde o General alemão Schlemmer assinou um termo de rendição no Quartel General do IV Corpo.
Declarava-se, então, 2 de Maio de 1945, O Dia da Vitória na Itália. Foi um período de ocupação em que os brasileiros saborearam diferentes manifestações do povo libertado, até o dia da esperada notícia.
Após confirmada a libertação, os brasileiros, assim como todos os libertadores, queriam desfrutar sua glória, mas a realidade era bem diferente.
No Livro “A Casa das Laranjas” (2009) Moura e um Sargento queriam se despedir da população que libertaram, mas os camponeses não foram receptivos.
Porém, após alguns dias passados do Dia da Vitória, o povo italiano, que tanto sofreu durante os anos de ocupação, passou a ver os brasileiros como seus libertadores e demonstrar-lhes algum tipo de respeito e gratidão, como nos relata o veterano da FEB, Victório Nalesso em seu Livro “Diário de um Combatente”, 2005, p. 131.
Logo após a notícia do fim da guerra chegar aos ouvidos dos brasileiros, todos ficaram com um sentimento de que aquilo tudo poderia ser mentira, um engano ou ainda, uma piada de mal gosto, mas com os boatos crescendo, eram impossível não crer na vitória.
Difícil mesmo era fazer boa parte dos combatentes alemães desgarrados, esfarrapados, desarmados e abandonados por seus superiores acreditarem nisso, pois com a notícia, muitos não sabiam o que fazer, nem pra onde ir.
Até um coronel alemão, em dado momento ficou em dúvida sem aquilo era mesmo o fim da guerra, como nos mostra Joel Silveira em seu livro “O inverno da Guerra”, 2005, p. 170.
Para nós, brasileiros, o Dia da Vitória, que é lembrado por uma minoria vergonhosa da população, com notas de 30 segundos em jornais, serve para não esquecermos que um dia cerca de 25.000 homens enfrentaram toda sorte de dificuldades, como o adestramento diminuto, armamentos precários, a falta de experiência em oposição a um inimigo calejado de batalhas, um terreno adverso e severas condições climáticas.
Esses homens lutaram contra a intolerância, contra a opressão, contra o totalitarismo escravista e a discriminação racial.
Devemos a esses homens, a vitória da liberdade, da democracia e da paz, conquistada e embebida em sangue de bravos brasileiros, que defenderam nossa honra e soberania com sua coragem, seus valores e seu patriotismo.
Fonte: http://www.portalfeb.com.br/
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