Foco, determinação e dedicação marcam a carreira de Alessandra Brandini.
O sorriso, expressando a alegria pelo reconhecimento dos profissionais da área e do público por um trabalho bem feito não reflete toda a história de luta de Alessandra de Souza Brandini, 38 anos
O sorriso, expressando a alegria pelo reconhecimento dos profissionais da área e do público por um trabalho bem feito não reflete toda a história de luta de Alessandra de Souza Brandini, 38 anos, nascida em Serra Negra e residindo em São Paulo desde janeiro.
Atualmente trabalha no programa Dancing Brasil, da TV Record. Seu parceiro, o cantor sertanejo Guilherme (da dupla Guilherme e Santiago) foi eliminado do programa durante a semana, mas Alê Brandini continua no corpo de bailarinas até o final, previsto para junho.
A relação com a dança começou aos três anos, quando a mãe a levou para a primeira aula de balé em uma escola de educação infantil. Percebeu que aquela seria sua profissão na adolescência, quando surgiu a oportunidade de fazer um curso técnico reconhecido pelo MEC. “O curso tinha muitas disciplinas, como: anatomia, terminologia da dança, laboratórios, folclore, história da dança, teatro e música. Era muito completo”.
Depois de três anos de cursos e muitos estágios foi trabalhar no Serra Negra Esporte Clube como professora, o que também a levou ao cargo de coreógrafa e diretora geral dos festivais promovidos pelo SNEC. “Sou muito grata ao clube por ter contratado uma professora recém-formada”. Seu currículo de trabalho envolve também programas de TV em canais como SBT e Globo, outros trabalho menores e ser coreógrafa, até hoje, da cantora Larissa Manoela. “Ela já fez apresentações na Disney, turnê pela Europa, está em programas de TV, lotou três sessões do City Bank Hall e outras quatro do Metropolitan no Rio de Janeiro”, explicou, dizendo que todas as coreografias são suas.
Esse patamar de sucesso profissional demandou trabalho. “Nessa profissão a maior dificuldade está em saber lidar com o corpo. Tem de se preparar muito bem, fazer aulas de tudo que puder imaginar de balé, jazz, contemporâneo toda semana. É isso que deixa com o corpo bom para dançar. Ter uma boa alimentação. Fazer pilates, preparação de fortalecimento com musculação, alongamentos. Ser bem rigoroso com isso, determinado, com dedicação muito grande. Caso contrário o corpo não rende. Eu sou uma pessoa muito focada. Quem não é focado não chega a lugar nenhum no mundo da dança. Tem de ter muita determinação”, disse.
Quanto aos cuidados necessários, disse que a disciplina é o que mais conta. Segundo Alessandra, o público só consegue enxergar o que está estereotipado: roupa, maquiagem, cabelo e palco. “Isso é o que passamos, mas a verdade é que a determinação, disciplina e o foco são difíceis. Há pessoas que não são psicologicamente preparadas para ser bailarinas. Muitas alunas deixam as aulas quando começa a ficar mais difícil”.
Disse que há muitas repetições de movimentos para atingir a perfeição e isso causa dores. “Muitos não estão preparados para lidar com a dor, com a frustração de não conseguir fazer algo ou não ter o corpo que a leve a conseguir fazer ou a determinação de ir atrás de obter esse corpo. A dança é para todos em qualquer idade, mas para se dançar profissionalmente é preciso ter determinação. Há diferença entre uma aula de lazer e se profissionalizar. Não é fácil”.
Nota - foto da capa de Blad Meneguel
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