Comunidade católica promoverá atos de desagravo pelo furto ocorrido na Matriz.
Entre a noite de 8 e madrugada de 9 de julho, desconhecidos invadiram a Igreja Matriz São Francisco de Assis. Do local foi levado o sacrário. Dentro havia a âmbula com hóstias consagradas.
Entre a noite de 8 e madrugada de 9 de julho, desconhecidos invadiram a Igreja Matriz São Francisco de Assis. Do local foi levado o sacrário. Dentro havia a âmbula com hóstias consagradas.
A Polícia Civil está trabalhando no caso. “As características do furto indicam que se trata de crime comum”, disse o delegado Rodrigo Cantadori. “Os objetos levados provavelmente foram subtraídos por parecerem de ouro. Tudo indica serem usuários de droga em busca de recurso para manter o vício”. Explicou ainda que há uma linha de investigação, mas nada pode ser adiantado.
À imprensa o responsável pela igreja, administrador paroquial padre Bruno Roberto Rossi expediu a seguinte nota:
Sacrário da Matriz São Francisco de Assis - Missa em reparação pela profanação do sacrário
Nossa querida população de Serra Negra e região recebeu, consternada, a triste notícia de que, no domingo, dia 9 de julho, a Paróquia São Francisco de Assis amanheceu sem o seu Sacrário e, consequentemente, sem a âmbula, com as sagradas espécies que nela estavam.
Marcamos, então, uma Santa Missa, em desagravo, para domingo, dia 23 de julho, na matriz de São Francisco, às 19h. Você está convidado(a) a vir e a chamar outras pessoas. Também nosso Bispo diocesano, Dom Luiz Gonzaga Fechio, pediu a todas as demais paróquias da Diocese que façam um ato de desagravo, o que é, sem dúvida, muito louvável e necessário.
Cabe, neste momento, uma palavra a respeito da Eucaristia. Ela é o sacramento dos sacramentos, pois contém o próprio Cristo, Nosso Senhor, autor de todos os demais sacramentos. Pelas palavras do ministro validamente ordenado, o pão, embora conserve as aparências de pão, é o Corpo de Cristo, e o vinho, embora conserve todas as aparências de vinho, é o Sangue de Cristo. Mistério de fé!
Daí, além da adoração a Jesus Eucarístico, na Santa Missa, também há, na Igreja, a prática de se conservar, no tabernáculo (sacrário) – que foi furtado – o Corpo do Senhor para a emergência de ter de leva-Lo a um doente, devidamente preparado, às portas da morte, e também para ser, silenciosamente, adorado pelos fiéis em geral. Tal adoração, feita a sós ou em grupo, é de grande benefício para todo o povo.
Voltando ao inominável ocorrido, na pacata e ordeira Serra Negra – cidade na qual se supõe haver ordem e disciplina – é meu dever lembrar que a profanação das sagradas espécies acarreta, via de regra, a excomunhão automática (em latim: latae sententiae) ao autor de tamanho sacrilégio, de acordo com o cânon 1367, do Código de Direito Canônico vigente e, a princípio, só a Santa Sé pode absolver o excomungado.
Confiamos que tal ato sacrílego nunca mais voltará a ocorrer em nossa paróquia e em nenhuma outra da Diocese. Afinal, não se pode (nem se deve) brincar com Deus, que nunca falta a quem Lhe é fiel, como também não falta aos infiéis.
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