Quem acompanhou as solenidades de posse mostradas pelas TVs de todo o País, sabe que os prefeitos vão ter de enfrentar a crise econômica que está instalada. Esse é o grande desafio.
Quem acompanhou as solenidades de posse mostradas pelas TVs de todo o País, sabe que os prefeitos vão ter de enfrentar a crise econômica que está instalada. Esse é o grande desafio. Assim como os Governos Federal e Estadual, as Prefeituras também vivem situações de penúria. Em Pedreira, o cenário também não é diferente. E o prefeito recém-empossado Hamilton Bernardes Junior teve um primeiro dia (2 de janeiro) de trabalho cansativo e estressante, que começou por volta das 7h e só foi terminar depois das 22h. No Gabinete principal esteve acompanhado do vice Fábio Polidoro, durante todo o período.
O presidente da CNM (Confederação Nacional de Municípios), Paulo Ziulkoski, prevê para as Cidades,um 2017 ainda pior que os últimos anos e a maioria das cidades filiadas à Confederação está no vermelho. “Tem de cair a ficha dos moradores. Não há dinheiro para nada”, alerta
Em seu pronunciamento, o prefeito Hamilton ao iniciar os trabalhos no Paço Municipal foi claro: “nós não temos outra alternativa. Precisamos efetuar essas demissões para não colocar em risco a governabilidade. Não está sendo nada fácil tomar essa drástica decisão. Evidente que o desaquecimento econômico teve um impacto negativo na arrecadação e na obtenção de recursos. Consequentemente, há de se adequar a folha de pagamento a realidade do Município. Para que não haja um compromentimento nos serviços, confiamos que os que permaneceram vão se desdobrar para atender a contento a população. Somente com muito trabalho a Cidade vai dar a volta por cima.É difícil encontrar um Município que não tenha tomado decisões semelhantes para reduzir os gastos”, salientou Bernardes.
Há de se ressaltar que a Administração vai atender a Lei de Responsabiliade Fiscal, no entanto, também vai atuar firmemente para que os serviços essenciais não sejam afetados. “É desconcertante olhar nos olhos dos funcionários e dizer, que devido aos problemas financeiros, tem de ser demitido. Ali está um pai de família, uma mãe dedicada. Entretanto, não tem como evitar esses cortes”, enfatizou emocionado o prefeito Hamilton. Entre as reuniões com funcionários e responsáveis por diversos Setores, Hamilton e Fábio também desenvolveram uma longa reunião com os Procuradores do Município, os quais têm por atribuições coordenar, controlar e delinear a orientação jurídica a ser seguida pelo Poder Executivo.
Na verdade, como disse o presidente da CNM (Confederação Nacional de Municípios), Paulo Ziulkoski, “os prefeitos estão entrando travados. Vão tentar aumentar a arrecadação e terão, sim, de cortar despesas, afinal, as contas dos Municípios são devastadas pela combinação do crescimento das dívidas com a baixa da arrecadação. As receitas das Prefeituras vêm caindo a cada ano. Essa é a realidade e não dá para contar com ajuda imediata dos Governos Federal e Estadual”.
Bernardes fez questão de frisar que “não há qualquer motivação política para as demissões. Elas estã sendo feitas devido a crise que atinge todo o País. Não temos interesse em aumentar o já expressivo número de desempregados. É doloroso? Muito. Mas não há outra saída. Quem é gestor, infelizmente, também tem de demitir. E as exonerações foram por pura necessidade”, finalizou.
Ressalte-se que já na manhã da terça-feira, 3 de janeiro, Bernardes se encontrou com o Secretário de Infraestrutura (que engloba as Secretarias de Obras e Vias Públicas, Meio Ambiente e Serviços Urbanos) o engenheiro Julio Nóbile, e conversou com os demais funcionários, expondo os problemas e falando da tristeza de ter de dispensar servidores. Na sequência fez uma reunião com os engenheiros e funcionários administrativos do Setor.
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