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Henrique Vieira Filho é jornalista, escritor, terapeuta, sociólogo, artista plástico, agente cultural, diretor de arte, produtor audiovisual, educador físico, professor de artes visuais, pós-graduado em psicanálise e perícia técnica de obras de arte.
O Dia Nacional do Escritor, 25 de julho, é a data perfeita para um brinde àqueles que transformam letras em vida.
E se a gente pudesse convidar todos os grandes nomes da literatura brasileira para uma festa? Seria uma algazarra de talentos, uma verdadeira roda de conversa onde o humor e a homenagem andariam de mãos dadas.
A começar por Guimarães, cujas palavras brotam, feito Rosa, e até a Coralina se Cora de tanta beleza e simplicidade mineira.
Arando os Campos da sabedoria, Haroldo compunha cada verso, enquanto o afiado Machado de Assis mais do que assistia, cortava a madeira que alimenta a chama da inspiração. E a prosa, essa sim, sem arestas, de tão limada por Lima Barreto. Para completar o cenário, o Bilac, nosso Olavo, lavando a alma de todos os presentes com um banho de poesia.
Imagine a festa com o tão Amado, Jorge nos fazendo se sentir na Bahia. E logo ali, um Augusto, que dos Anjos é o mais inspirado! E, feito estátua grega no meio dos Matos, o Gregório pairava com ar de mistério.
E o que dizer dos Azevedos? A acidez da azedura de Aluísio e Álvares, cada um a seu modo, temperando o encontro.
E a pergunta infame: que Mário? O de Andrade, aquele que invade, com e sem vaidade, São Paulo e seus múltiplos Brasis.
E a clareza de Clarice Lispector, inspetora de cada palavra, de cada silêncio. E o nosso caro Carlos, o profundo Drummond que, em sua verdade de Andrade, desvenda o mundo e talvez nos lembrasse de uma pedra no meio do caminho.
Nessa grande família, a Cecília Meireles, relés imortal da poesia, leve como um sopro, mostrando que a beleza merece toda a atenção. E o Manuel, com sua Bandeira de versos livres, nos ensinaria que a liberdade é a maior das sinfonias.
Em cada um de nós, em cada Pessoa há um pouco de Fernando, uma heteronímia que pesa na reflexão e na descoberta. E a escrita graciosa de Graciliano deixaria seus Ramos de sabedoria, oferecendo sombra e ensinamento.
Por fim, como tudo é rico com o Érico, tudo tão Veríssimo que saltaria das páginas, provando que a literatura é o espelho mais fiel da vida.
Enfim, vamos aproveitar esta data para celebrar a essência da palavra. Que esses grandes nomes, que nos fazem rir, chorar e refletir, continuem a ser a voz que ecoa por cada canto do Brasil, abrindo novos mundos a cada livro!