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Henrique Vieira Filho é jornalista, escritor, terapeuta, sociólogo, artista plástico, agente cultural, diretor de arte, produtor audiovisual, educador físico, professor de artes visuais, pós-graduado em psicanálise e perícia técnica de obras de arte.
Em recente crônica, divaguei sobre a velha máxima de que “uma imagem vale mais que mil palavras". Confesso que, desde então, essa pulga ficou atrás da orelha, especialmente agora, diante de um novo desafio cultural em terras serranas.
Graças à magnanimidade orçamentária da Lei Aldir Blanc – que, na minha imaginação mais otimista, equivaleria a um sanduíche caprichado e um refrigerante gelado (recursos esses que, diga-se de passagem, ainda residem no etéreo das promessas) – assumi a nobre missão de agitar o cenário cultural de Serra Negra com uma série de atividades gratuitas para o público!
Falamos de exposições que saltam aos olhos (enquanto eu tiver tinta e tela!), exibições do nossos festejados filmes sobre Cid Serra Negra e Sereia Iara, pesquisas acadêmicas que farão as mentes borbulharem, músicas inéditas dedicadas à nossa cidade, uma peça teatral que desvendará os mistérios serranos, um livro que ecoará a vida e a obra de um mestre (em triplo formato, para incluir a todos!), e, não menos importante, um curso para desvendar os segredos da AD - Audiodescrição. Ufa! A lista é extensa, quase tanto quanto a fila da padaria no domingo de manhã!
E foi justamente ao me debruçar sobre a versão em áudio do livro sobre o genial pintor Cid que a questão da imagem versus palavra ganhou contornos épicos. Cheguei ao monumental capítulo dedicado ao seu “Catálogo Raisonné”, uma joia rara com imagens de quase uma centena de suas criações artísticas. A tarefa de descrever cada pincelada, cada cor, cada forma já exigiria uma dedicação de monge tibetano. Mas, movido por uma inquietação que me impede de dormir em paz (e talvez pela falta do tal sanduíche!), decidi ir além.
Eis que surge, senhoras e senhores, o primeiro e único “Catálogo Raisonné” com audiodescrição do planeta! Uma ousadia voltada para os milhões de brasileiros com deficiência visual que, muitas vezes, são privados da experiência estética que a arte proporciona. Imaginei cada obra ganhando voz, cada detalhe sendo tecido em palavras para alcançar ouvidos e mentes sedentas por beleza.
Essa jornada me apresentou a ferramentas fascinantes, como o formato Daisy, um padrão de livro digital acessível que conversa intimamente com equipamentos especiais para leitores com deficiência visual.
Mas, querendo democratizar ainda mais essa experiência, criei um portal digital (o "botão" de acesso está no rodapé da crônica) que abriga o livro completo em texto, as imagens originais e, claro, a versão em áudio turbinada com a audiodescrição do catálogo de obras! Convido vocês, caros leitores, a embarcarem nessa experiência sensorial!
E, para que essa semente da acessibilidade germine em nossa Serra Negra, abri as portas de um curso GRATUITO de audiodescrição para todos os curiosos e interessados em desvendar essa arte de traduzir o visual em verbal. Saiba mais enviando mensagem para o Whastsapp: (11) 98294-6468
Volto, então, à pergunta que me assola desde a crônica anterior: se uma imagem vale mais que mil palavras, quantas palavras foram necessárias para descrever a riqueza de quase uma centena de obras de arte? Uma empreitada que, se dependesse do meu “robusto” orçamento sanduíche-refrigerante, certamente permaneceria… muda.
Para acessar o Audiobook com AD - Audiodescrição, "clique" no botão abaixo:
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