Foi lançado em Socorro o documentário “Corrente em Chamas - A Luta de Socorro Contra o Fogo”, produzido pelos jornalistas Stela Calafiori e Vinícius Eugênio. A obra reconstrói o incêndio de grande dimensão que atingiu uma propriedade no Bairro Correntes, destruindo mais de 70 hectares de vegetação nativa e exigindo mais de 48 horas de atuação contínua de equipes oficiais e voluntários.
O filme, produzido de forma independente, recebeu apoio da Secretaria Municipal de Comunicação e Tecnologia de Socorro e da HelpFlyDrones. As imagens aéreas, depoimentos de moradores e entrevistas com profissionais que combateram o fogo ajudam a detalhar a evolução do incêndio e os esforços de contenção. O material está disponível no canal @HelpCast25 no YouTube (QR Code disponível ao final da matéria).
Operação de combate e bastidores da investigação
O documentário conta com relatos de representantes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Ambiental, Polícia Civil e especialistas ambientais que narram como foi a corrida contra o tempo para evitar que as chamas avançassem sobre residências, animais e áreas de nascente. Os testemunhos destacam momentos críticos, como frentes de fogo que cercaram equipes, mudanças repentinas no vento e trechos de difícil acesso. As imagens captadas por drones foram fundamentais para acompanhar o comportamento das chamas e orientar as estratégias de resposta.
A produção também mostra a mobilização da comunidade local, com a atuação de moradores e produtores rurais auxiliando no combate ao fogo com equipamentos, água, alimentação e apoio logístico. O helicóptero Águia, acionado pelo comando regional dos bombeiros, teve papel decisivo na virada da operação. As Polícia Civil e Ambiental explicam ainda os procedimentos de investigação usados em casos de incêndios florestais.
Danos ambientais e perda de fauna
Os impactos ambientais ocupam parte central do documentário, com o detalhamento de especialistas acerca da destruição de abrigos e ninhos da fauna silvestre, bem como a morte de tatus, aves e pequenos mamíferos. Além disso, os profissionais apontam outros prejuízos ao solo, risco de erosão, comprometimento de nascentes e danos a corredores ecológicos e plantas medicinais. A área atingida concentra 39 nascentes, 14 cursos d’água e uma caverna de importância científica.
A obra aborda ainda as perspectivas de recuperação da área queimada. Segundo técnicos entrevistados, a regeneração completa do local pode levar até quatro anos, dependendo das condições climáticas e do manejo adequado. O processo envolve recomposição do solo, reconstrução de cercas e implementação de planos de Recuperação de Áreas Degradadas.
Especialistas aproveitam o espaço midiático para reforçar ações de prevenção a novos incêndios, como a importância dos aceiros, da manutenção das propriedades rurais e da denúncia imediata de qualquer foco pelo 190, 193 ou 153.
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