Saúde

Estado alerta para aumento de acidentes com escorpiões no verão

Pico de calor favorece proliferação dos animais; Secretaria orienta sobre sintomas e cuidados após a picada

Compartilhe:
Estado alerta para aumento de acidentes com escorpiões no verão
Fotografia/Rafael Minguet Dobrado

Com a chegada do verão, o aumento das temperaturas e o maior volume de chuvas criam condições ideais para a proliferação de escorpiões e outros animais peçonhentos em São Paulo. A Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP) emitiu um alerta à população diante do crescimento dos registros. Até o dia 7 de novembro, mais de 34 mil ocorrências envolvendo escorpiões foram notificadas no estado, além de dois óbitos.

Segundo o painel da SES-SP, esse tipo de acidente tende a se intensificar durante os meses mais quentes. Por isso, o órgão orienta que a população adote medidas preventivas para evitar o aparecimento desses animais, que costumam se abrigar em entulhos, frestas e locais úmidos.

“Para prevenir o risco de aparecimento dos escorpiões é necessário manter quintais e jardins limpos, evitar o acúmulo de entulhos e vedar ralos e frestas em residências. As ações de limpeza urbana e o manejo correto de resíduos são fundamentais para reduzir o risco de acidentes e controlar a proliferação dos escorpiões”, explica Tatiana Lang, diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da SES.

Sintomas e quando procurar ajuda

Os sintomas mais comuns após a picada incluem dor intensa, sensação de ardência ou agulhadas e inflamação no local. Em quadros moderados, também podem ocorrer vômitos ocasionais, suor excessivo, agitação, taquicardia e aumento da respiração.

Os casos graves – mais frequentes em crianças de até 10 anos – apresentam sinais como vômitos abundantes, suor intenso e choro contínuo. Diante desses sintomas, é essencial buscar atendimento médico imediato.

Em caso de picada, a recomendação é lavar o local com água e sabão, aplicar compressa morna e evitar espremer, sugar ou fazer torniquete. O ideal é procurar rapidamente a unidade de saúde mais próxima. Levar o animal ou uma foto pode ajudar na identificação, mas não é necessário capturá-lo.

Como prevenir

  • Mantenha quintais, jardins e áreas de serviço limpos, sem entulhos ou restos de construção;
  • Evite acumular lixo, folhas secas e madeira; armazene objetos em locais elevados;
  • Vede frestas em paredes e pisos e use telas em ralos e batentes de portas;
  • Em áreas verdes, utilize calçados fechados e luvas ao manusear materiais empilhados;
  • Guarde calçados em sacos plásticos ou caixas;
  • Sacuda roupas, toalhas e calçados antes de usá-los.


Com ações simples de prevenção e atenção às orientações de saúde, é possível reduzir os riscos e garantir mais segurança durante o período de maior incidência desses animais.

*Com informações da Secretaria
de Saúde do Estado de SP.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE