Campinas e Vinhedo integram nova edição do guia Afroturismo SP
Roteiros, mapas culturais e tradições locais entram no destaque estadual dedicado ao Mês da Consciência Negra
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Campinas e Vinhedo estão entre os 27 municípios que integram a segunda edição do guia Afroturismo SP, lançado em novembro pela Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo, em celebração ao Mês da Consciência Negra.
A nova edição amplia o levantamento iniciado em 2024, quando o guia reunia apenas dez indicações, e agora apresenta um panorama mais abrangente de roteiros turísticos, atrativos culturais e festividades tradicionais ligados à herança afro-brasileira.
Em Campinas, o guia destaca a Casa de Cultura Fazenda Roseira, sede da Comunidade Jongo Dito Ribeiro. O espaço funciona como polo de referência cultural, oferecendo oficinas, práticas tradicionais e roteiros temáticos. O município também aparece no guia com as Rotas Afro Campinas, que conectam pontos simbólicos da presença afro na cidade, passando pelo Largo São Benedito e pelo Largo Santa Cruz.
Vinhedo integra o material por meio do projeto Rotas Afro Vinhedo, desenvolvido no Bairro da Capela, área reconhecida pela forte influência da cultura africana. O guia inclui ainda o Mapa da Cultura Negra de Vinhedo, iniciativa local que identifica e valoriza patrimônios, referências históricas e manifestações culturais afro-brasileiras.
Segundo a Prefeitura de Vinhedo, “o reconhecimento estadual acontece em um momento importante para o município, que conta com um roteiro turístico totalmente dedicado às narrativas e aos patrimônios da população negra. Realizado pelo projeto Rotas Afro, idealizado pela guia de turismo e produtora cultural Julia Madeira, o passeio inaugural aberto à população ocorreu em novembro do ano passado e foi repetido neste ano durante as atividades da Semana da Conscientização Negra em Vinhedo”.
Com atuação em cidades como Piracicaba, Campinas e Rio Claro, o Rotas Afro chegou a Vinhedo com o objetivo de evidenciar as histórias negras presentes na formação local, desde os tempos de Rocinha até os dias atuais. O roteiro, conduzido por Julia Madeira e pelo historiador Guilherme Oliveira, percorre pontos simbólicos da Capela, como a Rua do Café e a Rua Zumbi dos Palmares, retornando à praça que homenageia a matriarca do Samba de Bumbo.
