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Henrique Vieira Filho é artista plástico, agente cultural (SNIIC: AG-207516), produtor cultural no Ponto de Cultura “ReArte” (Certificado Ministério da Cultura), Museólogo no Museu Rearte (reconhecido pelo IBRAM/Ministério da Cultura), gestor Pontos MIS (Museu da Imagem e do Som/SP), diretor de arte (MTE 0058368/SP), produtor audiovisual (ANCINE: 49361), escritor, jornalista (MTE 080467/SP), educador físico (CREF 040237-P/SP), psicanalista, sociólogo (MTE 0002467/SP), historiador, professor de artes visuais, pós-graduado em Psicanálise, em perícia técnica sobre artes e em Biblioteconomia.
A Serra Negra, que já é naturalmente um palco de belezas montanhosas e inspirações em forma de água, agora tem um endereço oficial para a inspiração: o Museu ReArte – Residência Artística do Circuito das Águas.
E, vejam só que ironia poética, a casa foi ficando tão chique, mas tão chique, que as Musas da mitologia grega resolveram largar o Monte Parnaso e fazer a mudança para a Rua São Vicente de Paula.
O alvoroço começou quando a ReArte, que já era Ponto de Cultura, conquistou o reconhecimento do IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus). A notícia correu pelos corredores celestiais: "Há um novo Museu na Terra!".
E o que é um Museu, afinal? A palavra vem do grego mouseion, que significa, literalmente, Templo das Musas – o lugar onde elas moram, criam e inspiram. Tão logo o museu foi reconhecido, a faxina começou.
E, de repente, o casarão já não abrigava apenas a Residência Artística e o acervo do expedicionário Ary Vieira – ele virou o novo condomínio das nove irmãs divinas!
A primeira a chegar, naturalmente, foi Euterpe, a Musa da Música. Afinal, a ReArte não só tem trilha sonora própria, como lançou recentemente uma versão brasileira do clássico napolitano "Funiculì, Funiculà" em ritmo de trem e saudade. A Musa do Som não podia ficar de fora. A coitada estava cansada de ver a palavra Música (que vem de mousiké, a arte das Musas!) sendo usada por aí sem o devido carinho; agora, ela tem onde morar e onde vibrar com os sons da Serra.
Junto dela, veio Clio, a Musa da História. Clio encontrou na ReArte um verdadeiro paraíso de documentos. Há o acervo da FEB, coleções de cartões postais da Segunda Guerra, e, claro, toda a história do Conde Maximiliano T. Corbiniano Basselet de La Rosée, que merecia um prêmio para o historiador Nestor Leme.
Para o soft opening (a tal "Prévia Cultural"), não podiam faltar Melpômene (Musa da Tragédia) e Talia (Musa da Comédia), que se juntaram para dar luz ao Ensaio Aberto da peça "Esconde o Conde". A Talia, inclusive, anda cochichando nos bastidores que o toque de sarcasmo do fantasma do Conde é pura inspiração dela.
E agora, o mais recente e excitante: a chegada do Ponto MIS: nos tornamos uma “filial” do consagrado Museu da Imagem e do Som de SP.
O audiovisual é uma arte complexa que exige a soma de várias Musas. Para o cinema, precisamos da Polímnia (Musa dos Hinos e da Eloquência) para narrar as grandes histórias e da Urânia (Musa da Astronomia) para iluminar as projeções.
Mas, principalmente, o Cinema, a Sétima Arte é um campo vastíssimo, que exige todas em conjunto! Ele junta o drama, a comédia, a dança (com a Cia. Allegro), a história (nos documentários) e a própria imagem (do MIS – Museu da Imagem e do Som).
A Musas se instalaram confortavelmente por aqui!. Erato (Musa da Poesia Lírica) inspira os poetas de plantão, do Clube da Cultura Pop e do grupo de leitura Além de um Livro.
Calíope (Musa da Poesia Épica) já está de olho no acervo da FEB, pensando em um grande épico de guerra. E Terpsícore (Musa da Dança) comanda as apresentações e a coreografia da Dayana Brunhara Rezende e seus dançarinos.
Até para escrever esta crônica, foi necessário um teamwork divino: a Musa da Escrita (que é o que sobra quando o Monte Parnaso está de folga) teve que unir forças com a Talia (Musa da Comédia) para garantir que o tom ficasse leve.
Se você quiser participar desse burburinho artístico, a ReArte, o novo Templo das Musas, fique atento, pois em breve divulgaremos a agenda de dezembro recheada de cinema gratuito!

