Expresso

Dica de Leitura: 'Como Vejo o Mundo' de Albert Einstein

Reflexões sobre a ciência, a arte e a vida

Compartilhe:
Dica de Leitura: 'Como Vejo o Mundo' de Albert Einstein
O físico teórico alemão, Albert Einstein | Reprodução

Albert Einstein é mundialmente conhecido por suas contribuições revolucionárias à física, especialmente com a Teoria da Relatividade. No entanto, em Como Vejo o Mundo, o leitor é convidado a conhecer um lado mais filosófico e humanista do cientista. Este livro oferece um olhar íntimo sobre as ideias de Einstein, não apenas sobre a ciência, mas também sobre a sociedade, a política, a religião e o próprio sentido da existência.

Publicada originalmente em 1934, a obra é uma coletânea de textos e discursos de Einstein, onde ele reflete sobre questões fundamentais que vão além da física. Einstein explora temas como o pacifismo, a liberdade individual e a importância da criatividade na vida humana. Ao longo das páginas, fica evidente sua preocupação com o futuro da humanidade e a preservação do pensamento crítico em um mundo cada vez mais mecanizado e bélico.

O livro é de leitura fluida, mas denso em conteúdo, repleto de observações profundas que podem desafiar o leitor a refletir sobre a própria visão de mundo. Em suas palavras, Einstein expressa sua visão única sobre o mistério da existência e o papel da ciência e da arte na busca por compreensão. Um excerto impactante do livro é este:

"O que há de mais belo na nossa vida é o sentimento do mistério. É este o sentimento fundamental que se detém junto ao berço da verdadeira arte e da ciência. Quem nunca o experimentou nem sabe já admirar-se ou espantar-se. Pode considerar-se como morto, sem luz, totalmente cego! A vivência do mistério — embora com laivos de temor — criou também a religião. A consciência da existência de tudo quanto para nós é impenetrável, de tudo quanto é manifestação da mais profunda razão e da mais deslumbrante beleza e, que só é acessível à nossa razão nas suas formas mais primitivas, essa consciência, esse sentimento, constituem a verdadeira religiosidade."

Com essa visão, Einstein se mostra profundamente enraizado na curiosidade pelo desconhecido, destacando a intersecção entre a ciência e a arte como uma das maiores expressões do espírito humano. Para ele, o mistério da existência é o que motiva tanto os cientistas quanto os artistas em suas respectivas jornadas de criação e descoberta.

Ao ler Como Vejo o Mundo, o público tem a oportunidade de desvendar as camadas do pensamento de um dos maiores gênios da humanidade e refletir sobre questões que são, ao mesmo tempo, profundas e atemporais. É uma leitura indicada para todos que buscam compreender melhor o universo e a si mesmos, por meio das lentes de um homem que acreditava na beleza e no mistério de tudo o que nos cerca.

Essa obra é uma verdadeira joia para quem deseja mergulhar na mente de um pensador que enxergava a ciência como uma arte, e a arte como uma expressão profunda da vida.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE